Flauta É muito fácil identificar a flauta entre as madeiras pois o instrumentista a segura para o lado, em vez de apontá-la para a frente, como acontece com os demais instrumentos desse naipe. A flauta não possui palheta. Os sons são reproduzidos pelo princípio de soprar-se um orifício aberto na extremidade de um tubo (cuja outra extremidade é fechada), colocando-se o lábio inferior perto da borda deste orifício. O flautista sopra por um orifício ovalado, situado a mais ou menos 7cm da extremidade fechada do instrumento (a outra extremidade é aberta). Este orifício para a boca (embocadura) é colocada exatamente abaixo do lábio inferior do instrumentista. A borda do orifício mais distante dos lábios é a que divide o sopro, causando assim a vibração da coluna de ar que está dentro do instrumento, o que por sua vez produz a nota. )Pode-se conseguir um efeito similar ao soprar-se, colocando-se os lábios perto do orifício, a boca de uma garrafa ou a extremidade de uma caneta.) As primeiras flautas a serem usadas na orquestra eram tocadas no sentido vertical e sopradas no próprio orifício do tubo, ou eram do tipo flauta de bico. Estas flautas incluíam a flauta doce ou bloch. A flauta transversal (basicamente a mesma flauta transversal que conhecemos hoje em dia, porém com menos chaves) incorporou-se à orquestra nos meados do século XVII. Durante algum tempo, tanto as flautas de bico quanto as transversas foram usadas, mas raramente na mesma peça. Por volta da metade do século XVIII, a flauta transversa já se havia tornado a favorita dos instrumentistas, por sua maior expressividade, poder e variedade de som. As notas mais agudas da flauta são claras, frias e penetrantes. As notas mais graves são suaves, intensas e doces, freqüentemente com uma qualidade sobrenatural e líquida. A diferença de timbre entre o registro grave e o agudo pode ser claramente percebida no início da "Pavana da Bela Adormecida", da suíte Ma Mère l'Oye de Ravel. O flautista pode tocar as notas suavemente, uma após a outra, ou atacá-las de modo claro e definido, pronunciando as letras "t-k-t-k" com a língua, enquanto sopra. Outro efeito característico é chamado frulato, ou flutter-sound ou Flatterzunge, produzido ao articular a letra r enquanto sopra. Este efeito pode ser ouvido durante a segunda parte da Sequenza para flauta solo de Luciano Berio. Flautim O flautim, também conhecido como piccolo (em italiano: pequeno), tem a metade do comprimento da flauta. Como o seu dedilhado é o mesmo da flauta, todos os flautista são igualmente capazes de tocá-lo. A extensão do flautim alcança uma oitava acima da flauta, e suas notas agudas são penetrantemente brilhantes. Para evitar um excesso de linhas suplementares acima do pentagrama, a parte do flautim é escrita uma oitava abaixo do seu som real. Ouve-se facilmente o flautim acima do som de toda a orquestra. Devido à estridência do seu timbre, porém, os compositores evitam usá-lo com muita freqüência. O flautim é tocado pelo segundo ou terceiro flautista, o qual troca a flauta pelo flautim sempre que houver indicação para isso na partitura. Dois outros tipos de flautas são às vezes usados, hoje em dia, na orquestra. O primeiro deles era conhecido como flauta baixo, e sua extensão alcança quatro notas abaixo da flauta comum. Entretanto, uma flauta ainda maior é por vezes também usada, e sua extensão é uma oitava abaixo da flauta comum. É empregada principalmente em música pop e em música para filmes e televisão. Esta flauta maior, por seu tamanho avantajado, agora é conhecida como flauta baixo. A anterior, menor, que se chamava baixo, passou a chamar-se flauta contralto ou flauta em sol. |
Palavras-chave: Flauta | Transversal | Flautim | Piccolo |
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